domingo, 10 de abril de 2016

Três medidas contra o desequilíbrio fiscal

O Brasil tinha um desequilíbrio fiscal crônico, que levava à uma inflação sem controle. Como enfrentar esse problema, que atingia todas as esferas administrativas do Brasil? Parecia um problema sem solução. Foi nesse contexto que o governo federal, durante os governos de FHC, tomou as seguintes medidas para equacionar o desequilíbrio: a privatização dos bancos estaduais, a federalização das dívidas estaduais (e de alguns municípios, como o de São Paulo) e a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A privatização dos bancos estaduais foi necessária para que os estados não tivessem mais uma válvula de escape para financiar seus gastos de forma descontrolada.

A renegociação das dívidas foi fundamental para dar um fôlego para os estados e para os “enquadrá-los”. A dívida foi renegociada por prazo mais longo e com juros menores que os pagos na época (mais tarde, a dívida teve que ser renegociada, tema para outra discussão). Os estados foram enquadrados porque a renegociação criou mecanismos para forçar os pagamentos das parcelas das dívidas: em caso de calote, o governo federal pode cortar os recursos das chamadas transferências constitucionais (participação dos estados em parte do IR e do IPI arrecadados pelo governo federal).

Por fim, a LRF veio para responsabilizar os governantes que não cumprissem as metas fiscais, cassando seus mandatos e os tornando inelegíveis por 8 anos, além de “fechar portas” que permitiam que o orçamento fosse burlado. Veja como no próximo post.

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