Outro dia ouvi uma frase de um político brasileiro que me lembrou o grande Bill Clinton, que também tinha uma precisão invejável com as palavras. É de Bill Clinton a famosa frase: “Eu não tive relações sexuais com essa mulher, Miss Lewinsky”. Mais tarde Clinton se lembrou que só tinha tido “relação física imprópria” com a estagiária, ou seja, sexo oral. Todos sabemos, como Clinton, que sexo oral não é sexo.
Os nossos políticos também tem essa importante precisão com as palavras.
Por exemplo, Eduardo Cunha não tinha uma conta na Suíça, tinha um trust.
O governo Dilma, ao deixar de pagar de forma oculta 50 bilhões de reais aos bancos Caixa e Brasil, não emprestou dinheiro desses bancos, crime de responsabilidade segundo a lei. Foi um simples caso de inadimplemento, quer dizer, não cumpriu com o contrato de reembolsar os bancos.
Ciro afirmou durante a campanha desse ano que "Carlos Lupi tem minha confiança cega. Réu com certeza ele não é". De fato, Lupi responde a uma ação civil pública por improbidade administrativa. E réu em crime de improbidade não é réu, é requerente.
E os políticos brasileiros não se destacam apenas na precisão da linguagem. Romero Jucá, também esmero conhecedor da linguagem, nos ensinou outro significado da expressão "boi de piranha". Já Temer nos mostrou a importância de se identificar adequadamente na frase o referente do pronome "isso" ("Tem que manter isso, viu")
Que bom ser um país de primeiro mundo. Pelo menos na precisão e manejo da linguagem.
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