Mais uma vez tivemos uma semana que mostra a grande diferença entre os partidos PT, PSDB e (P)MDB.
No dia 4 de setembro, Haddad, na época ainda candidato a vice-presidente pelo PT, foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo Mistério Público de São Paulo: a empreiteira UTC teria pagado 2,6 milhões de reais de dívidas de campanha de Haddad, tendo em troca sido beneficiada com obras da prefeitura de São Paulo.
A assessoria de Haddad esclareceu que eram denúncias sem prova baseadas em delações, e com óbvios interesses políticos: “surpreende que, no período eleitoral, uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo, contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad”.
No dia 5, a PF concluiu inquérito sobre o recebimento por Temer de propinas da Odebrecht. No relatório o delegado responsável concluiu que Temer recebeu 1,43 milhões de reais via intermediários, um deles o coronel Lima, seu braço direito. Em um dos dias de recebimento da propina em dinheiro vivo, Lima ligou três vezes para Temer.
No mesmo dia 5, o MP de São Paulo acusou o tucano Geraldo Alckmin, candidato a presidência, de improbidade administrativa. Alckmin foi acusado de receber 8,3 milhões de reais via caixa dois da Odebrecht.
Segundo a denúncia “Ele [Marcos Antônio Monteiro, secretário de Alckmin] separava os valores de acordo com as senhas recebidas do Departamento de Operações Estruturadas da Construtora Norberto Odebrecht S/A e aguardava apresentação do portador indicado pelo beneficiário da quantia a ele destinada, que, declinando a senha gerada pelo malsinado programa criado para operacionalizar esse esquema, fazia a retirada, no quarto do hotel, de seu pacote de dinheiro vivo!”.
No dia 11, Beto Richa, candidato a senador pelo PSDB, foi preso pelo Gaeco (grupo de combate a organizações criminosas), junto com sua mulher, seu irmão e seu ex-chefe de gabinete, Deonilson Rosso. O pedido de prisão executado pelo Gaeco foi feito pelo Ministério Público do Paraná e aceito pelo juiz Fernando Fischer. Como se não bastasse, a pedido a Força Tarefa da Lavajato, por determinação do juiz Sérgio Moro, o mesmo Deonilson Rosso foi preso pela Polícia Federal (vai ver, um braço ficou com o Gaeco, o outro com a Polícia Federal). A Polícia Federal também cumpriu vários mandados de busca e apreensão em endereços associados a Richa.
Richa afirmou através de sua assessoria: "Enfrento com serenidade e confiança qualquer acusação, mas devo dizer que eu e minha família estamos sofrendo muito com o julgamento antecipado que nos está sendo imposto. Sou um homem público há mais de duas décadas, com a mesma honradez. Tenho a consciência em paz e sei que, no devido tempo, a verdade sempre se impõe. Garanto a você, que me conhece e para quem exerço com responsabilidade a vocação que Deus me deu: nada devo e sigo confiando na justiça."
Tudo isso deve fazer parte do que o advogado de Lula chama de "lawfare" (guerra travada por meio da manipulação das leis para atingir alguém que foi eleito como inimigo político).
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