terça-feira, 1 de janeiro de 2019

As Circunstâncias Críticas e os Rumos Contingentes da História

No livro "Por Que As Nações Fracassam?" os autores combatem as visões determinísticas da história, mostrando que o fracasso ou sucesso de uma nação dependem de uma série de circunstâncias críticas e acontecimentos fortuitos que acabam por determinar se a nação vai desenvolver instituições inclusivas ou extrativistas. As primeiras permitem um circulo virtuoso que contribui, a longo prazo, para uma melhor condição de vida para sua população. Por sucesso de uma Nação entenda-se esse bem estar geral da população. 

A seguir trechos do livro que ilustram essa questão das circunstâncias críticas e acontecimentos fortuitos:

"Os resultados dos acontecimentos durante circunstâncias críticas vão depender do peso da história, à medida que as instituições econômicas e políticas moldam o equilíbrio de poder e delineiam o que é viável politicamente. O resultado final, porém, será contingente, e não sujeito a qualquer tipo de predeterminação histórica. O percurso exato do desenvolvimento institucional durante esses períodos se dará de acordo com qual das forças em conflito sairá vitoriosa, que grupos serão capazes de constituir coalizões eficazes e que líderes conseguirão estruturar os acontecimentos em benefício próprio.

O papel da casualidade pode ser ilustrado pelas origens das instituições políticas inclusivas na Inglaterra. Não somente nada havia de preestabelecido na vitória dos grupos que se bateram pela limitação do poder da Coroa e por instituições mais pluralistas na Revolução Gloriosa de 1688, como todo o caminho que conduziu a tal revolução política estava à mercê de acontecimentos fortuitos.
Venceu quem venceu graças à circunstância crítica decorrente da ascensão do comércio atlântico, que enriqueceu e encheu de ânimo os comerciantes que faziam oposição à Coroa."

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