01/01/2013: Posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Cobertura entusiástica da posse e do início do governo pela mídia tradicional, Globo, Veja, Folha [1].
Teresa Cruvinel e Franklin Martins, repórteres televisos da Globo que participaram da cobertura, anos mais tarde seriam nomeados (veja aqui e aqui) por Lula para participarem de seu governo.
01/01/2013: Festa de cerimônia da posse. Parte dos gastos da festa foi paga por Marcos Valério. [1]
01/2013: Suspensão da compra de uma dúzia de jatos para a FAB, com suposta reversão dos recursos, US$ 700 milhões, para o programa "Fome Zero" (suposta, porque a compra seria paga com crédito fornecida pelo país vendedor [1]).
Após longa novela (veja aqui), dez anos mais tarde, em dezembro de 2013, o governo anunciaria a compra de 36 jatos suecos pela FAB, a um custo estimado de US$ 4,5 bilhões de dólares. Alguns anos mais tarde Lula seria investigado por suposto recebimento de propinas pela compra dos jatos.
01/2013: Suspensão da compra de uma dúzia de jatos para a FAB, com suposta reversão dos recursos, US$ 700 milhões, para o programa "Fome Zero" (suposta, porque a compra seria paga com crédito fornecida pelo país vendedor [1]).
Após longa novela (veja aqui), dez anos mais tarde, em dezembro de 2013, o governo anunciaria a compra de 36 jatos suecos pela FAB, a um custo estimado de US$ 4,5 bilhões de dólares. Alguns anos mais tarde Lula seria investigado por suposto recebimento de propinas pela compra dos jatos.
14/01/2013: Marcos Valério é apresentado a Lula por José Dirceu em encontro no Palácio do Planalto [1].
21/01/2013: O Banco Rural deposita R$ 10 milhões na conta do PT, fruto de suposto empréstimo com aval de Marcos Valério. No mesmo dia, foram depositados quase R$ 100 mil reais conta da empresa de segurança pessoal de Lula, dinheiro destinada a pagar as despesas de translado de familiares e amigos de Lula [1].
26/01/2013: No dia seguinte de sua participação no "Fórum Social Mundial", em Porto Alegre, Lula viaja para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos. O "Fórum Social", de caráter socialista, tinha como temática justamente uma "Ação Global Anti-Davos".
No fórum de Davos Lula "é recebido como estrela e se apresenta como a ponte entre os dois fóruns, uma espécie personalista de terceira via, nem socialismo, nem capitalismo" [1]. Leia e ouça aqui a íntegra do discurso de Lula no fórum de Davos.
26/01/2013: No dia seguinte de sua participação no "Fórum Social Mundial", em Porto Alegre, Lula viaja para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos. O "Fórum Social", de caráter socialista, tinha como temática justamente uma "Ação Global Anti-Davos".
No fórum de Davos Lula "é recebido como estrela e se apresenta como a ponte entre os dois fóruns, uma espécie personalista de terceira via, nem socialismo, nem capitalismo" [1]. Leia e ouça aqui a íntegra do discurso de Lula no fórum de Davos.
02/2013: O Senado elege como presidente Jose Sarney e a Câmara o petista João Paulo Cunha. Com isso o governo Lula passava a ter dois aliados na presidência das Câmara e do Senado.
Anos mais tarde João Paulo Cunha seria condenado à prisão no processo do mensalão por corrupção passiva e peculato, sendo indultado após cerca de um ano graças ao decreto de indulto natalino de Dilma.
02/2013: Palocci orienta a economia dentro da visão proposta na "Carta ao Povo Brasileiro": o governo finaliza proposta de reforma da Previdência, que atinge os funcionários públicos [1]. O governo anuncia corte de gastos com o objetivo de obter um superávit primário de 4,5% do PIB [1]. O BC aumenta um pouco mais a taxa Selic, que alcança absurdos 26,5% [1]. A taxa já vinha muita alta do governo FHC, em parte para conter os mercados após a eleição de Lula.
Anos mais tarde seria revelado que a Odebrecht ajudou na elaboração da carta e que Palocci fez questão de apresentá-la a João Roberto Marinho, das Organizações Globo, que deu o sinal verde para a finalização do texto [2].
03/2013: O Programa "Fome Zero" após três meses dava sinal de fracasso. Consumira R$ 42 milhões, mas não conseguira sair do papel [1]. João Graziano, formulador do programa, ficaria conhecido por uma frase pronunciada durante um programa de entrevistas: "Se eles, os nordestinos, continuarem vindo para cá, nós vamos ter de continuar andando de carro blindado” [1].
04/2013: Ao fim do mês de abril, Lula entregou ao Congresso as reformas previdenciária e tributária.
05/2013: Lula opta por fazer discursos cada vez mais frequentes. "Em janeiro, falara sete vezes; em fevereiro, seis; em março, pularia para dezesseis; e, em abril, chegaria a 25 — quase um por dia" [1]. Os discursos seriam bem recebidos pela imprensa [1].
Exemplos desses discursos [1]:
“Jesus Cristo precisou ser crucificado para salvar a humanidade, por que cada um de nós não pode colocar um pouco do nosso sacrifício para salvar este imenso Brasil que precisa tanto de nós?”
“Não tem chuva, não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia, não tem um Congresso Nacional, nem um Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça esse país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar.”
Segundo Villa [1]: "Lula tentava estabelecer uma nova linha de conduta para o presidente. Buscava, assim, o contato direto com os cidadãos, dispensando intermediários, desqualificando os outros dois
poderes e elaborando ideias de senso comum, como se fossem complexos pensamentos filosóficos."
06/2013: "O mês de junho seria marcado pela polêmica reforma da Previdência, a emenda constitucional nº 41. Os principais pontos consistiam na taxação dos servidores inativos da União e dos estados, no aumento da idade mínima para aposentadoria (homens, sessenta anos; mulheres, 55), na exigência de no mínimo vinte anos de serviço público para que o funcionário pudesse aposentar-se, na limitação da aposentadoria do funcionário público ao teto do INSS, à época de R$ 2.400, e num valor máximo de proventos tanto para os ativos como para os inativos". [1]
Leia mais sobre essa proposta de reforma aqui. O governo Lula não conseguiria aprovar a reforma conforme seu texto original, mesmo com o apoio no Congresso obtido em parte graças aos pagamentos do Mensalão. Anos mais tarde a validade da reforma seria questionada devido a esses pagamentos.
06/2013: "O mês de junho seria marcado pela polêmica reforma da Previdência, a emenda constitucional nº 41. Os principais pontos consistiam na taxação dos servidores inativos da União e dos estados, no aumento da idade mínima para aposentadoria (homens, sessenta anos; mulheres, 55), na exigência de no mínimo vinte anos de serviço público para que o funcionário pudesse aposentar-se, na limitação da aposentadoria do funcionário público ao teto do INSS, à época de R$ 2.400, e num valor máximo de proventos tanto para os ativos como para os inativos". [1]
Leia mais sobre essa proposta de reforma aqui. O governo Lula não conseguiria aprovar a reforma conforme seu texto original, mesmo com o apoio no Congresso obtido em parte graças aos pagamentos do Mensalão. Anos mais tarde a validade da reforma seria questionada devido a esses pagamentos.
[1] VILLA, Marco Antonio. Década Perdida Dez anos de PT no poder.
[2] PALOCCI, Antonio. "Sobre formigas e cigarras". Páginas 25-37 segundo citado em [1].

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